Comunidadede Aprendizagem em Primeira Infância e Equidade
Processo e metodologia:
a trajetória dos grupos de prática
A Comunidade de Aprendizagem em Primeira Infância e Equidade é uma iniciativa da Porticus, iniciada em 2021, com o objetivo de fortalecer a articulação e colaboração entre organizações parceiras na área de Desenvolvimento da Primeira Infância (DPI) no Brasil. Nesse primeiro ano de existência as atividades estiveram focadas na realização de encontros com especialistas sobre temas como Promoção da Equidade Étnico Racial, Comunidades Quilombolas, Indígenas e Primeiras Infâncias, primeira infância na Amazônia e Primeiras infâncias em contexto de vulnerabilidade urbana.
A experiência desse primeiro ano, que nos ensinou
de forma contundente que não se pode falar em "primeira infância" mas, sim, em primeiras infâncias, também trouxe a inspiração para o objetivo do próximo ciclo: implementar interações e espaços de troca
que promovam aprendizagem para os participantes
e produção de conhecimento sobre práticas do sul global em primeira infância e promoção de equidade nas relações étnico-raciais. A partir daí, a Comunidade cresceu com o engajamento de novas organizações
e assumiu o desafio de produzir essa publicação
como resultado de um processo de reflexão conjunta.
As 18 organizações participantes foram divididas em 3 grupos de prática, dentro dos quais foram convidadas a apresentar suas iniciativas e projetos nos seguintes recortes temáticos:
Organizações participantes:
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Grupo de prática 1: Educação e a busca por equidade;
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Grupo de prática 2: PI e o desenvolvimento;
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Grupo de prática 3: Territórios, intersetorialidade e equidade.
Veja a sistematização do grupo
Veja a sistematização do grupo
Veja a sistematização do grupo
Os grupos de prática foram compostos por, em média 6 organizações, e acompanhados pelos especialistas Mighian Danae, Lucimar Dias e Eduardo Januário, pessoas de referência no tema da primeira infância e equidade étnico-racial com vasta produção de conhecimento e capacidade de apoiar os grupos na geração de reflexões conjuntas e debates.
A facilitadora, Mariana Noronha, foi responsável por criar as condições de realização dos encontros, garantindo uma metodologia participativa e capaz de produzir e registrar sínteses dos grupos.
Cada grupo de prática realizou 3 encontros virtuais.
Os dois primeiros foram dedicados principalmente à apresentação das práticas das organizações a partir das perguntas provocadoras:
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Quais desafios do contexto das Primeiras Infâncias essa prática pretende enfrentar?
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Como a prática apresentada dá conta da diversidade na primeira infância?
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Quem são os parceiros/atores envolvidos
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na realização dessa prática?
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O que já foi realizado e quais são as próximas ações no âmbito da prática apresentada?
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Quais os principais aprendizados identificados considerando a atuação
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no campo das Primeiras Infâncias?
O terceiro encontro buscou problematizar as principais questões mapeadas nos encontros anteriores
e produzir conjuntamente recomendações para a atuação das organizações no campo das primeiras infâncias.
Essa publicação é o resultado de um esforço coletivo de organizações que se propuseram a compartilhar
suas práticas, gerar aprendizados a partir de reflexões coletivas e de especialistas que buscaram traduzir
essas experiências em recomendações que fortaleçam a agenda das primeiras infâncias sob a perspectiva
da promoção da equidade étnico-racial.
Esse processo só foi possível graças à disponibilidade de todas as pessoas e organizações participantes,
de escutar ideias diferentes, aprender com novos olhares e produzir convergências.
Esperamos que essas reflexões gerem novas conversas e, sobretudo, contribuam para a transformação
das realidades das primeiras infâncias no Brasil.
